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sábado, 26 de abril de 2008

Resumo



Eu ficaria tão feliz
ao ver teu rosto de perto,
tua boca dizendo tudo outra vez...

Não estou cansada
de tuas palavras de amor,
de teus poemas espontâneos.

Mas se não consegues dizer tanto,
aceito também um resumo:
diga apenas que me ama

ainda...

Crystal Solle, 26/04/2008

sábado, 12 de abril de 2008

Miragem


.
Pouco a pouco, teu amor
se pôs diante de meus olhos
como água fresca de uma nascente.

Quis correr até ela
e senti-la com minha mãos.
Quis estar imersa no teu olhar tranquilo,
mergulhar em teu amor cristalino...

Mas não movi meu corpo
por medo de encontrar rochas secas
e não gotas d'água.

Chamei de miragem a dúvida,
e bebi minhas próprias lágrimas...
.
Crystal Solle, 2001

sábado, 5 de abril de 2008

Para fechar os olhos, escutar...e sentir...


.
Hoje é sábado, eu sei que muita gente quer curtir o fim de semana no ritmo dançante, eu sei que o tempo não pára, e passa muito rápido... Mas, reservem apenas 10 minutinhos para essa experiência musico-poética, que ao final, pode ser transformada em horas eternas de calmaria em seus corações. Deixo aqui alguns trechos do livro "Interpretação Musical - a dimensão recriadora da "comunicação" poética, de Marília Laboissière. Não clique no "play" agora: leia primeiro o texto, depois relaxe... Anham, só então, aumente bem o volume, fique na posição que mais lhe parece confortável para ouvir música, feche os olhos, e não abra por nada...viaje...e depois me conte, se puder definir o que viu, por onde voou e o que sentiu...

"...a música trabalha de maneira contínua com figuras estéticas, indutoras de sensação, em que seu potencial, lido como afectos e perceptos, alimenta um processo transformacional equivalente à semiose ocorrida no mundo perceptivo do universo interior de cada receptor. (...) A escuta, como parte de um processo de recepção estética, é prenhe de conteúdos provenientes de uma "construção" por parte do receptor que consubstancia o percebido. Isto significa dizer que a obra se completa na escuta. É o momento em que o sujeito se presentifica e 'circula' nos meandros desse fluir sonoro, como parte dele, indo do seu território (mundo) à potência da música, numa troca sem palavras, construindo seu sentido que pode ser concebido como efeito de sensação. (...) Criar sensações é o 'potencial' que existe na música, ou seja, o possível de sua natureza, como condição e possibilidade, sob a qual ela faculta, no universo interior de cada um, o incorpóreo homem-música. São qualidades sensíveis que vão do domínio da sensibilidade ao pensamento e do pensamento à sensibilidade, numa troca incessante. Nesse movimento de troca, não existe um método capaz de criar qualidades sensíveis, mas a potencialidade marca seu processo, pois afecções e percepções não obedecem a fórmulas; elas existem em estado latente, fazendo parte da obra de arte. (...) Assim, o momento presentificado no qual arte e homem criam vida, corpo, uma forma de ser, um estado "sermúsica", constitui-se de intensidades e qualidades diferentes, exprimindo uma realidade sem que uma só palavra seja pronunciada."

Para um experiência tocante e irreversível, a sensibilidade de Maurice Ravel no 2º movimento do Concerto em Sol Maior para piano e orquestra...

Beijos doces cristalizados, e muitas pétalas de cristal caindo como plumas... :o*

free music

Túnel do tempo...

Em vez de postar um novo poema nesse sábado chuvoso, prefiro que vocês façam uma viagem no túnel do tempo. Na verdade, a viagem vai ser bem curtinha porque não faz tanto tempo assim; está mais para passado recente: http://crystalsolle.blogspot.com/2007/11/o-bosque-de-nvoas.html


Beijos doces cristalizados!!!

Yesssssss!!!

Uhuuuuuuuu!!! Thinking blogger!!! Ganhei da Gabi, do Mil Folhas! Obrigada, linda! E não é que eu já estava de olho nesse prêmio há um tempão? Gosteeeei, gostei muitooo!!!
E já penso em quatro blogs que também deveriam ter esse selo: Quintal de memórias, Colorir, Doce rotina, e Batom Cor de Rosa!
Beijos doces cristalizados pra vocês!!! ;o*

terça-feira, 1 de abril de 2008

Lágrima

















A primeira lágrima que derramei por ti foi de amor.

A segunda, deixei rolar por medo
de não compartilhar contigo os momentos mais bonitos.
A terceira brilhou em minha face, cheia de mágoa e dor.

Derramaria cada uma delas novamente,
quero que saibas,
se tivesse a certeza de que não tentaste, de propósito,
derreter minha capacidade de amar.

Não me permiti novamente sentir meu rosto salgado,
marcado com restos mortais de sorrisos e sonhos.
A última lágrima é a que nasce agora,
escondida entre meus dedos.

Não é com a dor de amar que choro,
é com a dor de sentir, que sofro...

Pararia de sofrer
cinco minutos a cada hora, no entanto,
se soubesse que, em algum momento,
uma lágrima furtou teu orgulho.

Crystal Solle, ?/2002