Percebo somente agora, que há muito tempo, tu já traçavas um plano para conseguir esvaziar meus mais cheios sorrisos, plenos de ingenuidade. Atiraste-me as facas da tua frieza no meu exato contorno. E não me acertavas... e tentavas obsessivamente, como se procurasses ser a cada dia mais perfeito, como se, a cada dia, teu objetivo fosse esfaquear a sinceridade do meu amor.
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Sorrias ao brincar com o perigo, e finalmente, conseguiste atingir teu alvo! Porém, sangrei muito mais que esperavas, e mesmo assim, teu remorso não era arrependimento. As facas pontiagudas violaram, hábeis e perfeitas, minhas esperanças agonizantes, que ainda puderam ver uma inexplicável mágoa diluída em falsas lágrimas rolando de teus olhos.
Sorrias ao brincar com o perigo, e finalmente, conseguiste atingir teu alvo! Porém, sangrei muito mais que esperavas, e mesmo assim, teu remorso não era arrependimento. As facas pontiagudas violaram, hábeis e perfeitas, minhas esperanças agonizantes, que ainda puderam ver uma inexplicável mágoa diluída em falsas lágrimas rolando de teus olhos.
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Crystal Solle, 13/03/2008
12 cristais:
O que não pode acontecer é a extinção da chama dentro de nós. Podem haver sim momentos em que a água parece abundante o suficiente pra apagar a paixão, mas o coração não morre. Ele é músculo. E como todo músculo, ao se exercitar ganha energia. E fica mais forte. E fica mais sábio.
Um beijo.
;)
Lindíssimo espraiar das palavras que sangram a agonia da dor...dúvida feita certeza
Gostei do texto. As facas pontiagudas que não te atingiram inicialmente como um "disfarce", para que depois uma delas te pudesse ferir e haver uma desculpa plausível... "o meu alvo não era tu!", quando de facto, sempre o foi!
Draco
Descobrir as armadilhas que o outro nos prega, nos tira o chão, e realmente você disse nos faz sangrar!!
Boa semana para ti!!!
Palavras afiadas...ou talvez feridas! Bjinhos
É um lindo texto, quase prosa em versos. A narrativa impressiona pela delicadeza, apesar da dor explícita em cada palavra, sobretudo no desfecho.
Beijos!
Bonito isso pensar a paixão como células... essas que se multiplicam, morrem e se renovam... que nos estão nas superfícies ou nas entranhas... sim, são elas que nos comovem!
beiJardins
Carol,
estou aqui me sentindo em cada palavra. Bonito o jeito triste, mas jeito bonito de falar nas contradições do amor. Às vezes a ferida é mais profunda do que eu própria posso imaginar, mas na certeza de sua cicatrização, insisto em querer o amor.
Bjs
Jacinta
Já escrevi muito sobre este tema, por isso percebo-te bem...
Um belo texto, frio e belo.
Quanto à nota de autora, tenho a certeza que enquanto houver energia para fazer girar essas células que te compõem, haverá também energia para a paixão... :)
Mil beijos, linda
Voltei. E que regresso. Carol, gostei! Beijo
http://me-and-my-heartbeats.blogspot.com/
...essa ferida só poderá cicatrizar com amor. Nunca deixes que essa dor te faça duvidar que o amor existe, na realidade...
É mais um texto lindo, lindo, lindo...
Bjs
Muito profundo e belo esse seu texto! Cheio de surpresas também. Parabéns!
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