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sexta-feira, 14 de março de 2008

Atirador de facas

Percebo somente agora, que há muito tempo, tu já traçavas um plano para conseguir esvaziar meus mais cheios sorrisos, plenos de ingenuidade. Atiraste-me as facas da tua frieza no meu exato contorno. E não me acertavas... e tentavas obsessivamente, como se procurasses ser a cada dia mais perfeito, como se, a cada dia, teu objetivo fosse esfaquear a sinceridade do meu amor.

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Sorrias ao brincar com o perigo, e finalmente, conseguiste atingir teu alvo! Porém, sangrei muito mais que esperavas, e mesmo assim, teu remorso não era arrependimento. As facas pontiagudas violaram, hábeis e perfeitas, minhas esperanças agonizantes, que ainda puderam ver uma inexplicável mágoa diluída em falsas lágrimas rolando de teus olhos.
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Cicatrizei vagarosamente, mas ainda receio que tua futilidade tenha tornado mortal a única célula sobrevivente de paixão em mim.
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Crystal Solle, 13/03/2008

13 cristais:

Unknown disse...

O que não pode acontecer é a extinção da chama dentro de nós. Podem haver sim momentos em que a água parece abundante o suficiente pra apagar a paixão, mas o coração não morre. Ele é músculo. E como todo músculo, ao se exercitar ganha energia. E fica mais forte. E fica mais sábio.

Um beijo.

;)

ContorNUS disse...

Lindíssimo espraiar das palavras que sangram a agonia da dor...dúvida feita certeza

Esquissos disse...

Gostei do texto. As facas pontiagudas que não te atingiram inicialmente como um "disfarce", para que depois uma delas te pudesse ferir e haver uma desculpa plausível... "o meu alvo não era tu!", quando de facto, sempre o foi!

Draco

Carol disse...

Minha linda, quando nos ferem de morte fica essa sensação de que a morte é irremediável. Mas, um dia, renascemos...
Curioso como nossos pensamentos estiveram em sintonia esse fim de semana. Deixei um poema no Visto e Descrito que fala dessa sensação que nos deixa o fim de um grande amor.

Nanda Nascimento disse...

Descobrir as armadilhas que o outro nos prega, nos tira o chão, e realmente você disse nos faz sangrar!!

Boa semana para ti!!!

Jasmim disse...

Palavras afiadas...ou talvez feridas! Bjinhos

Oliver Pickwick disse...

É um lindo texto, quase prosa em versos. A narrativa impressiona pela delicadeza, apesar da dor explícita em cada palavra, sobretudo no desfecho.
Beijos!

Leandro Jardim disse...

Bonito isso pensar a paixão como células... essas que se multiplicam, morrem e se renovam... que nos estão nas superfícies ou nas entranhas... sim, são elas que nos comovem!

beiJardins

Jacinta Dantas disse...

Carol,
estou aqui me sentindo em cada palavra. Bonito o jeito triste, mas jeito bonito de falar nas contradições do amor. Às vezes a ferida é mais profunda do que eu própria posso imaginar, mas na certeza de sua cicatrização, insisto em querer o amor.
Bjs
Jacinta

ruth ministro disse...

Já escrevi muito sobre este tema, por isso percebo-te bem...

Um belo texto, frio e belo.

Quanto à nota de autora, tenho a certeza que enquanto houver energia para fazer girar essas células que te compõem, haverá também energia para a paixão... :)

Mil beijos, linda

Heartbeat disse...

Voltei. E que regresso. Carol, gostei! Beijo

http://me-and-my-heartbeats.blogspot.com/

YTMO disse...

...essa ferida só poderá cicatrizar com amor. Nunca deixes que essa dor te faça duvidar que o amor existe, na realidade...
É mais um texto lindo, lindo, lindo...

Bjs

Adriano Caroso disse...

Muito profundo e belo esse seu texto! Cheio de surpresas também. Parabéns!